Nova edição do prêmio realiza avaliação rigorosa de empresas

Prêmio Pró-Ética tem o intuito de conscientizar empresas a reduzir os riscos de ocorrência de corrupção

O prêmio Pró-Ética foi concebido para que empresas atuantes no Brasil adotem, voluntariamente, medidas de prevenção da corrupção.

Para se tornar uma "empresa limpa" é preciso enviar os documentos e as respostas solicitados na análise de perfil e questionário de avaliação, no prazo determinado de inscrição, disponíveis no site do Ministério da Transparência.

O questionário de avaliação é separado por área: comprometimento da alta direção e compromisso com a ética; políticas e procedimentos; comunicação e treinamento; canais de denúncia e remediação; análise de risco e monitoramento; e transparência e responsabilidade no financiamento político e social. A empresa que alcançar pontuação igual ou superior a 70 pontos (do máximo de 100) e atingir o mínimo de 40% em todas as áreas estará habilitada.

Após o preenchimento do questionário, a documentação é analisada por auditores federais. Eles produzem relatórios, que passam por revisão interna feita por uma equipe multidisciplinar. Então, esses documentos são submetidos à aprovação do Comitê Gestor do Pró-Ética.

Com participação inédita no evento, a Chiesi Farmacêutica foi o primeiro laboratório a conquistar o prêmio. "Nosso trabalho de compliance começou em 2014. A documentação reuniu 60 páginas, além de outras com a comprovação", afirma Rafael Mazzeo Ferri, diretor de Compliance da companhia.

Segundo Claudia Taya, secretária de Transparência e Prevenção da Corrupção, a entrega do prêmio se tornou anual a partir de 2015, o que reforça a necessidade de uma evolução constante das empresas.

Reformulação
O prêmio foi instituído em 2010, por iniciativa da CGU (Controladoria-Geral da União) em parceria com Instituto Ethos de Empresas e Responsabilidade Social, com o objetivo de criar mecanismos para conscientizar o setor privado sobre a importância de prevenir e detectar atos de fraude e corrupção dentro das companhias.

A partir de 2014, a CGU iniciou um processo de reestruturação do Pró-Ética, com o objetivo de adequá-lo às mudanças trazidas pela lei anticorrupção, além de ampliar o número de participantes e aumentar a divulgação em torno das empresas positivamente avaliadas.

Um ano depois, foi conhecido o resultado desse processo de mudança e implantada uma nova metodologia de avaliação e de divulgação das empresas Pró-Ética.