Organização prevê mais inscritos em 2017

Inscrições para a próxima edição do prêmio começam em 1º de fevereiro; empresas que já participam precisam de renovação

Em 2016, 195 empresas se inscreveram no Pró-Ética, um número 101% maior do que o obtido em 2015, quando 97 solicitaram acesso ao sistema. Para a edição 2017, estima-se que esse crescimento continue na mesma proporção.

"Esperamos que o número de inscritos continue a aumentar", diz Renato Capanema, diretor de Promoção da Integridade e Cooperação Internacional do Ministério da Transparência, Fiscalização e Controladoria-Geral da União. "Chegar ao topo é difícil, mas se manter no topo é mais difícil ainda. Para manter o selo, é necessário desenvolver o programa, é algo que tem de ser aprimorado de forma contínua."

O período de inscrição para o Pró-Ética 2017 será de 1º de fevereiro a 28 de abril de 2017 diretamente no site da Empresa Pró-Ética.

Em uma época em que a corrupção é um tema bastante discutido por todos os setores da sociedade, Capanema chama a atenção para o apelo que o selo Pró-Ética possui. "O Pró-Ética está sendo visto como algo valioso. Mostra que uma empresa é séria e que não compactua com a corrupção. A ideia é mostrar que há muitas empresas que estão no sentido certo, e é um diferencial de mercado."

Segundo Capanema, o Pró-Ética está "crescendo ano a ano em números absolutos e em termos qualitativos. Alguns setores, como o de energia, que são muito globalizados, já respondiam perante leis de outros países". "Com o decorrer do tempo, observamos que outros setores têm aderido a esses tipos de medida. Neste ano, tivemos uma empresa farmacêutica e uma pequena empresa que conseguiram o selo. A variedade de setores tem aumentado. Esperamos que no ano que vem essa variedade seja ainda maior", afirma o diretor.

Na edição 2015, o Pró-Ética havia sido reformulado, para que fossem incluídas questões como a Lei Anticorrupção, por exemplo.
"A intenção é a de que o programa seja customizado para cada empresa. Ele serve para diminuir os riscos das empresas, e cada uma tem características específicas. Há empresas muito grandes, empresas pequenas, empresas que têm grande contato com o setor público. Para ser efetivo, o programa deve estar conectado à realidade da empresa, explica Capanema.

"E as próprias empresas também veem o Pró-Ética como uma espécie de consultoria. Fazemos recomendações, damos direcionamentos para que sejam feitas melhorias. Mesmo que a empresa não ganhe o selo em um ano, ela vai aprimorando os processos e, mais para a frente, pode conseguir o selo", conclui Capanema.