É inegável o impacto dos bons hábitos para a saúde. Quem pratica atividade física regularmente, mantém uma dieta equilibrada e não fuma não só vive mais, como vive melhor. O mais animador é que nunca é tarde para reparar os estragos causados por um estilo de vida inadequado.
Um trabalho conduzido por pesquisadores do Instituto Karolinska, na Suécia, mostrou que, aos 75 anos, homens e mulheres que começaram a se exercitar, passaram a comer com parcimônia e largaram o cigarro aumentaram sua expectativa de vida em cinco anos, em média.
Publicado na revista científica "The British Medical Journal", o levantamento contou com 1.800 idosos, acompanhados durante 18 anos. Trata-se de um dos maiores e mais surpreendentes já feitos sobre o assunto. Tem mais. Segundo uma outra pesquisa, também sueca, mas da Universidade de Uppsala, incrementar a rotina de exercícios físicos, mesmo na meia idade, leva a uma redução nas taxas de mortalidade semelhante à queda no número de óbitos pelo abandono do tabagismo.
Para se ter uma ideia dos benefícios dos exercícios físicos para o organismo, vale lembrar um estudo publicado no "The American Jounal of Clinical Nutrition", que acompanhou 334.161 europeus por 12 anos: apesar de serem fatores de risco associados, isoladamente o sedentarismo mata duas vezes mais do que a obesidade.
Para trabalhar com mais vigor, os músculos exigem um aporte sanguíneo. Com isso, os vasos dilatam -e podem até surgir novas veias e artérias. O sangue corre com mais fluidez, sem forçar a parede dos vasos e livre do excesso de açúcar ou gordura. O coração recebe mais oxigênio e trabalha com mais robustez. Os pulmões se expandem e o trabalho cardiorrespiratório torna-se mais eficiente. O cérebro é inundado por substâncias relacionadas às sensações de bem-estar e prazer.
Com o corpo em movimento, a vida torna-se mais longa saudável e feliz.